Mosteiro dos Jerónimos

Jerónimos - Mosteiro e Panteão Nacional

Após a morte, várias figuras ilustres da sociedade portuguesa mereceram um lugar no Panteão Nacional, graças aos seus contributos para o país e para a cultura portuguesa. Eusébio, Amália Rodrigues, Luís Vaz de Camões e Sophia de Mello Breyner são só alguns dos nomes que estão na Igreja de Engrácia, em Lisboa. Mas as honras de Panteão Nacional não se resumem a este edifício na capital, estando também ‘espalhadas’ pelo resto do país. Em Belém, o Mosteiro dos Jerónimos é também um dos locais que serve de Panteão Nacional, título que recebeu em 2016. Por lá encontram-se figuras como D. Manuel I, D. Catarina de Áustria e o Cardeal-Rei D. Henrique I.

Mas afinal, que local é este, tão icónio da paisagem em Belém, a poucos quilómetros do centro de Lisboa, que serve de local de homenagem à História de Portugal? O Mosteiro dos Jerónimos, cujo nome completo é Mosteiro de Santa Maria de Belém, foi mandado construir no século XV, pelo então Rei D. Manuel I, funcionando sob a alçada da Ordem de São Jerónimo - daí o nome mais popular.

História do Mosteiro Hieronymites

É Monumento Nacional desde 1907 e Património Mundial da UNESCO, juntamente com a Torre de Belém, desde 1983. Em 2007, foi também eleito como uma das Sete Maravilhas de Portugal. O Mosteiro dos Jerónimos é uma das edificações mais simbólicas da História portuguesa, enaltecendo os feitos dos lusitanos ao longo dos séculos. É, também, do ponto de vista arquitetónico, um dos exemplos mais emblemáticos da arquitetura manuelina. A sua construção durou durante cerca de cem anos, e foi feita em paralelo com a Torre de Belém, numa zona onde estava pensada também a construção de uma estrutura defensiva. Isto para proteger o porto de Lisboa, a barra do Tejo e o próprio Mosteiro dos Jerónimos.

A construção da Torre de Belém e do Mosteiro dos Jerónimos enquadra-se num momento temporal na história de Portugal que se segue à conquista de Ceuta, em 1415, e à época dos Descobrimentos, que fez espoletar a indústria marítima em Portugal e, consequentemente, na zona do Restelo, até então uma pequena povoação na margem do rio Tejo. A construção do Mosteiro dos Jerónimos foi inicialmente proposta à Santa Sé em 1496 por D. Manuel I, recebendo, no mesmo ano, a aprovação do próprio papa Alexandre VI. Dois anos depois, o Rei cedeu o local onde existia a Emira de Santa Maria de Belém para a construção do Mosteiro, cuja capacidade deveria dar para albergar 100 religiosos. E a ligação entre a construção do Mosteiro e a Santa Sé foi próxima: se Alexandre VI expediu a bula que permitia a sua construção, anos depois, em 1517, o papa Leão X ordenou que o Mosteiro passasse a ser a casa-mãe da Ordem de Cristo. 

Informações práticas

Horário de funcionamento do mosteiro

Entre outubro a abril, está aberto ao público geral das 10h00 às 17h30 (última entrada às 17h00). Entre maio a setembro, está aberto das 10h00 às 18h30 (última entrada às 18h00). O Mosteiro dos Jerónimos está encerrado à segunda-feira e nos dias 1 de janeiro, Domingo de Páscoa, 1 de maio e 25 de dezembro. Este Monumento é facilmente acessível, através de transportes públicos ou de automóvel. 

Taxa de entrada

- Menos de 12 anos : Grátis

- Bilhete individual: 10,00 euros